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Como somar vegetais à dieta infantil

Palomas
Frutas e verduras: seu consumo não chega à metade do recomendado . Como somar vegetais à dieta infantil

Experientes em nutrição contribuem conselhos para vencer a habitual resistência dos meninos a incorporar esse tipo de alimentos

Por Sebastián A. Ríos Da Redação da LA NACION

Poderá ser difícil, mas também não é uma missão impossível. Conseguir vencer a resistência que muitos garotos apresentam ante as frutas e as verduras requer de paciência, talento, perseverança e, por sobretudo, de convicção na importância de adotar desde a infância uma alimentação saudável.

"O baixo consumo de frutas e verduras nos meninos é um problema que vemos habitualmente na consulta, aqui na Argentina como em todo mundo", disse à NACION a bacharel em nutrição Beatriz Grippo, pesquisadora do Centro de Estudos sobre Nutrição Infantil (Cesni) e co-autora de uma série de livros que procuram por meio do conto acordar nos garotos a atracção pelas frutas e pelas verduras.


Uma atracção que não se vê refletida nos estudos locais sobre alimentação infantil. Segundo mostrou a Enquete Nacional de Nutrição e Saúde realizada recentemente pelo Ministério de Saúde da Nação, só o 7% das calorias que incorporam os garotos de entre 2 e 6 anos provem das frutas e as verduras.

Diferentes estudos sugerem que o aconselhável seria que os meninos incorporem o 17% de suas calorias a partir das frutas e as verduras, quando na Argentina não chegamos nem à metade dessa recomendação", comentou a bacharel Paula Pueyrredón, também do Cesni e co-autora junto com Grippo dos livros Verdulín e Frutilandia (Edit. Lumen, 2008), que incluem receitas singelas com frutas e verduras.
Mas não só se come pouca fruta e verdura, advertiu Pueyrredón: "É muito pobre a variedade destes alimentos que se lhes oferece aos meninos. A enquete do Ministério mostrou que as verduras consumidas em maior proporção são a papa, a cebola, o tomate em conserva e a cenoura; a fruta mais consumida é a banana".
De muitas frutas e verduras, os garotos não conhecem nem o nome, agregou Grippo. "Para os meninos que vemos aos 8 ou 11 anos, que chegam ao consultório por problemas de obesidade, há verduras que não sabem que existem, que jamais as viram sequer. A idéia dos livros é tratar de chegar a muitos mais meninos e muitos mais pais dos que vemos no consultório."


Neofobia e rejeição
Neofobia, esse é o nome que os nutricionistas lhe puseram à cara de "não me agrada" que põem os bebes ante um alimento desconhecido. E, vale a pena tê-lo sempre presente, é uma reação universal que nada tem que ver com as virtudes culinárias de cada mãe ou pai. "É um mecanismo natural ante cada novo alimento, que há que vencer insistindo, mas sem forçá-lo ao menino a comer", aconselhou Pueyrredón. Há estudos que sugerem que há que fazer questão de um mesmo alimento 15 vezes antes de desistir. Quiçá o pior da neofobia é do que, uma vez superada, as vezes volta. "A partir dos 2 ou 3 anos, é comum que um menino comece a recusar um alimento que lhe agradava. Isto tem que ver com um momento em que o menino começa a formar seu caráter e o demonstra através da comida. Há que tomar-se com paciência."


As vezes, a luta por incorporar frutas e verduras ao menu infantil resulta ser isso: uma verdadeira luta. É por isso que as bacharéis Grippo e Pueyrredón contribuem umas quantas idéias para sair airosos na batalha:
Evitar a monotonia: não oferecer ao garoto sempre as mesmas frutas e verduras, e tratar de variar inclusive sua preparação. "Não há que o aborrecer, já que a monotonia pode fazer que perca a preferência que tínhamos conseguido que tenha por certo alimento."

Não se complicar: as comidas que requerem muita elaboração podem voltar-se na contramão. "Há que preferir preparações singelas que se podem reproduzir no cotidiano, já que hoje os pais não têm muito tempo para cozinhar."

Cozinhar com os garotos: fazê-los partícipes da preparação de comidas com frutas e verduras é um bom incentivo. "Quando os garotos ajudam na cozinha, sempre provam a comida, e que provem um alimento que não conhecem é um ponto a favor."

Não disfarçar as verduras: processá-las para dissimulá-las nas comidas pode aumentar seu consumo, mas não fará que os garotos as considerem como uma possibilidade. "O disfarce não permite que o menino conheça as verduras, seus sabores e suas texturas."

Por último, disse Grippo, os pais são quem devem decidir que comem seus filhos. "Quando é um o que lhes pergunta que querem comer, está perdido".

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