Uns 2.270 meninos morrem cada dia por lesões não intencionadas e acidentes dizem UNICEF e a OMS. Principais causas: Acidentes de trânsito, Afogamento, Queimaduras, Quedas. Envenenamento. E a metade destas mortes poderiam evitar-se se se adotassem as medidas necessárias, agrega. Fonte: BBC MUNDO
| Relatório Mundial sobre Prevenção de Feridas Infantis é o primeiro estudo global sobre feridas não intencionadas. Os autores encontraram que além das 830.000 mortes cada ano, os acidentes causam que dezenas de milhões de meninos sejam internados em hospitais por feridas que com freqüência os deixarão descapacitados de por vida. "As feridas infantis são um importante assunto de saúde pública e desenvolvimento", afirma Margaret Chan, diretora geral da OMS. "O custo dos tratamentos, hospitalização e reabilitação dos milhões de meninos que sofrem feridas não fatais pode deixar a uma família na pobreza". "E os meninos das famílias e comunidades mais pobres são os que estão em mais risco de sofrer estas feridas porque têm menos probabilidades de beneficiar-se com programas de prevenção e serviços de saúde de alta qualidade", agrega a servidora pública. O relatório, no que colaboraram mais de 180 experientes de todas as regiões do mundo, encontrou que as feridas não intencionadas são a principal causa de morte infantil depois dos 9 anos de idade. E 95% destas mortes ocorrem nos países em desenvolvimento. O relatório encontrou que as cinco causas principais de feridas não intencionadas são: Acidentes de trânsito: nestes morrem 260.000 meninos cada ano e resultam feridos uns 10 milhões. São a principal causa de morte entre meninos de 10 e 19 anos e a principal causa de incapacidade. Afogamento: morrem mais de 175.000 meninos ao ano. Uns 3 milhões de meninos sobrevivem um incidente de imersão num líquido. Devido ao dano cerebral que causa, quando não é fatal o afogamento tem um impacto econômico e de saúde mais alto do que qualquer outra ferida Queimaduras: As relacionadas a incêndios matam a 96.000 meninos ao ano e a taxa de morte é mais 11 vezes alta em países de baixos e médios rendimentos que nos de altos rendimentos Caídas: Quase 47.000 meninos morrem por causa de uma queda cada ano, mas centos de mais milhares resultam gravemente feridos Envenenamento: Mais de 45.000 meninos morrem cada ano devido a envenenamento não intencionado África é a região do mundo com a taxa mais alta destas mortes e lesões não intencionadas, dizem os autores. A taxa nesta região é mais 10 vezes alta que nos países de altos rendimentos. América Latina e o Caribe, é depois de África e o Sudeste de Ásia, a região onde ocorrem mais acidentes e lesões não intencionadas. E onde ocorrem as menores taxas de feridas infantis são Austrália, Holanda, Nova Zelandia, Suécia e o Reino Unido. Medidas e prevenção Mas tal como assinalam os autores, ainda que em muitos países de altos rendimentos se reduziram as mortes infantis por acidentes em até 50% nos últimos 30 anos, as feridas não intencionadas ainda somam o 40% de todas as mortes infantis nestes países. "Em todos os países se podem levar a cabo melhoras", afirma Etienne Krug, diretor do Departamento de Violência e Prevenção de Feridas e Incapacidade da OMS. "Quando um menino fica desfigurado por uma queimadura, paralisado por uma queda, com dano cerebral por ter-se afogado, ou emocionalmente traumatizado por algum acidente sério, os efeitos podem ter conseqüências para toda sua vida". Segundo o servidor público, até 1.000 mortes infantis poderiam evitar-se cada dia se se põem em prática medidas de prevenção. "Cada uma destas tragédias é desnecessária. Temos evidência do que funciona, ou seja programas conhecidos de prevenção que devem implementar-se em todos os países", agrega. Estas medidas incluem leis para o uso de cintos e capacetes de segurança apropriados para o menino; regulações para as chaves de água quente; tampas e fechaduras a prova de menino nos frascos de medicinas, isqueiros e recipientes de produtos de limpeza. Assim mesmo, carriis separados de trânsito de motocicletas e bicicletas; esvaziar o água desnecessária de tinas e cubos e o desenho apropriado de móveis infantis, brinquedos e equipe de pátios de jogo. Os autores sublinham ademais a necessidade de fortalecer os cuidados médicos de emergência e os serviços de reabilitação. |
Os acidentes por imersão e suas terríveis conseqüências, vêm sendo tratados por Odele Souza, a mamãe de Flavia, que sofresse aos 10 anos a sucção de seu cabelo numa piscina, ficando em estado de coma. Ali podem ver os meninos que faleceram por causa do mesmo.
Reportagem a Odele Souza em Domingo Espetacular de TV Record.
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