CA CHORRA: UM RELATO...UM VIDEO

Ricard escreveu o que hoje traslado aqui...depois de lê-lo, Gem@ publica um video. Sucede que as vezes...duas entradas se correspondem.

Dois homens gravemente enfermos, ocupavam a mesma habitação de um hospital.Ambos deviam permanecer em cama, mas um deles tinha autorização para incorporar-se, durante uma hora, cada tarde, enquanto seu colega de infortúnio tinha que permanecer acostado.

Já que a cama do primeiro homem estava situada junto à janela, aproveitava o tempo no que podia sentar-se a para olhar fora e descrever a seu amigo tudo o que ocorria no exterior.

A habitação dava a um parque com um magnifico lago.

Os patos e cisnes jogavam no água enquanto os meninos faziam navegar seus barcos de brinquedo. Os jovens apaixonados caminhavam do braço. Tudo era formoso e bucólico. Durante uma hora, o homem sentado se o descrevia tudo a seu colega, com muitos detalhes.

Aquele momento embelezava a jornada. Ambos homens o aproveitavam para contar-se suas recordações, falar de seus filhos e da família…enquanto ambos esqueciam sua doença e aquilo adoçava um pouco sua desgraça.

Com o passo das semanas, aquela citação em media tarde se converteu numa espécie de recompensa que alegrava sua vida cotidiana.

A vida decorria assim, mas certa manhã, a enfermeira entro na habitação e descobriu que o homem que estava junto à janela tinha falecido em seu sonho.

Entristecida, fez que a ajudassem a transladar o corpo, ante os olhos de seu vizinho que chorou o desaparecimento de seu amigo.

Quando sentiu que era o momento adequado, solicitou se podiam colocar-lhe na cama junto à janela. A enfermeira se sentiu feliz ao comprazer-lhe e, depois de ter-se assegurado de que estava confortavelmente instalado, deixou-lhe só.

Lentamente, incorporou-se sobre um cotovelo para poder jogar uma olhadela ao exterior. Teria por fim a alegria de ver por se mesmo tudo o que seu colega tinha sabido descrever-lhe tão bem...
¡Mas só viu uma parede!

Por que seu desaparecido colega lhe tinha descrito tantas maravilhas se não tinha nada?, perguntou-lhe à enfermeira.
“Sem dúvida para dar-lhe valor, respondeu esta sorrindo, pois talvez você não o soubesse, mas era cego”.

Apesar das próprias preocupações, produz uma imensa felicidade fazer gozar aos demais. A pena compartilhada divide por duas a dor, e quando a alegria é compartilhada é dupla.