As imagens violentas do que ocorre nas escolas do mundo se vêem, agora, pela televisão: um aluno italiano manuseia a sua professora ante a burla cúmplice de seus colegas; duas garotas, num sala de aula de México, golpeiam-se até sacar-se sangue (mas nenhuma chora); uma docente argentina leva o cabelo em labareda enquanto um estudante escapa, isqueiro em mãos... Os noticiários se nutrem felizes destes videos com Parkinson, desfocados e nervosos, que até faz dez anos era impossível imortalizar em fita. A televisão, convertida numa repetidora de Internet, amplia até o impossível as janelas do youtube e converte o artefato do living no monitor de um computador alarmista. Noite e dia nos convencem os noticieros, a golpe de repetição, de que as salas de aula atuais são um palco impreciso, pixelado, com moços selvagens que praticam um vandalismo de prisão centroamericana. A sociedade se escandaliza muito, muitíssimo, ao ver a estes jovenzinhos enlouquecidos nos claustros, porque a fantasia coletiva dos pais se baseia na suspeita de que seus filhos, pela manhã, estão em silêncio aprendendo álgebra, levantando a mão para ir ao banho e cantando "Azul um asa da cor do mar". No entanto, tudo o que emitem os noticieros, o frívolo e também o grave, vivemo-lo, desde os doze e até os dezessete anos, nas escolas e os colégios analógicos do século vinte. Então não tínhamos telefones móveis para gravar nossas travessuras, nem software para musicalizarlas, nem banda larga para subí-las a uma Internet que era, ainda, um sonho de ciência ficção. Mas cometíamos idênticas selvajarias, quanto mais escandalosas melhor, para que o rumor voasse, pela janela do sala de aula, até as ruas do povo ou do bairro. O que fazíamos, isso sim, depois de cometer a tropelia, era um relato oral à saída do colégio; engalanávamos a brutalidade e ao dia seguinte, com sorte, aquilo se convertia no tema de conversa dos maiores. Se aparecia no jornal do povo, já tocávamos o céu. Hoje esse alarmismo vetusto de cabeleireiro é a medula óssea dos noticieros em médio mundo. Que pouco avançaram os noticiários, nos tempos das novas tecnologias, se se nutrem do que, faz duas décadas, era a chismografía dos armazéns de povo. E nem falar de nós mesmos, que, olvidadizos do passado, discutimos se há que impedir que os alunos entrem ao sala de aula com seus telefones. Ou se há que castigar a quem publicam estes videos em Internet. Que interessante forma do esquecimento: suspeitamos que as travessuras só ocorrem porque alguém as está gravando, e salteamos o fato de que a difusão desses documentos fílmicos são a melhor prova para certificar uma situação de violência que impera desde faz décadas. Proibir os telefones nas mochilas dos alunos ou castigar a quem difundem os videos tanto faz a tapiar as janelas do colégio e deixar que os estudantes aúllen sem testemunhas. Como ocorria nas épocas analógicas, quando éramos nós os selvagens e não tínhamos com que filmar nem publicar nosso descontentamento. |
Quando os adultos reconheçamos que alguma vez fomos meninos e adolescentes, recordemos de nossas travesuras, aprenderemos que os jovens de hoje não distam do menino e adolescente que fomos. No blog trato de transmitir minhas experiências com eles, sempre em defesa em general.Com amor e paciência os faremos adultos felizes e probos!!!
A TODOS OS QUE VISITARAM A POMBAS, OBRIGADA POR TER-ME ACOMPANHADO!!!...FELICIDADES PARA OS QUE DESFRUTAM DAS FESTAS E PARA OS QUE NÃO TAMBÉM...MUITO OBRIGADA!!!
A TODOS OS QUE VISITARAM A POMBAS, OBRIGADA POR TER-ME ACOMPANHADO!!!...FELICIDADES PARA OS QUE DESFRUTAM DAS FESTAS E PARA OS QUE NÃO TAMBÉM...MUITO OBRIGADA!!!
2 CA CHORROS:
Olá amiga Graciela, belo post...espectacular...
Votos de Boas Festas...
Beijos
FERNANDO AMIGO BOAS FESTAS COM MUITA PAZ E SAÚDE...BEIJINHOS!!!
Gracias por comentar