Transtornos do sonho na infância

Tranqüilidade e rotina, o melhor remédio contra os pesadelos infantis
Os transtornos do sonho na infância são tão comuns do que a maioria de meninos os padece durante algum momento de seu desenvolvimento, conquanto quando aparecem costumam alarmar aos pais
Fonte: Revista Consumer
Imagem: Jerianne Van Dijk

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Aparição de monstros, pânico por ficar sós em determinadas situações, obsessão por perder-se de seus pais... Durante a noite, é comum que os menores sofram de terrores noturnos e pesadelos. Este transtorno não se traduz em problemas específicos para o desenvolvimento infantil nem num risco para a saúde, ainda que se se mantêm ao longo do tempo se recomenda conferir o caso com um profissional para que avalie se há algum problema emocional ou físico que tratar. Em concreto, as idades mais propensas a sofrer este tipo de alteração do sonho se situam entre os três e seis anos, ainda que também podem aparecer mais tarde, na preadolescencia e adolescência, sobretudo os pesadelos. Os pesadelos São cenas que geram um ônus emocional negativa, de forma especial no último terço do sonho, durante a denominada fase REM, uma etapa mais próxima ao sonho pouco profundo, razão pela que os sonhos se recordam com mais facilidade. Devido ao conteúdo angustiante que caracteriza um pesadelo, é normal que apareçam sintomas associados como transpiração, respiração agitada, pranto e, inclusive, gritos. Uma situação que pode alarmar aos pais, mas que não deixa de ser um episódio passageiro que não supõe nenhum problema. Os pequenos se acordam com facilidade e recordam as cenas que causaram os sintomas de angústia. Se são capazes de descrever o que sonharam e o que lhes provocou medo, quererá dizer que o sonho não era muito profundo. É então quando pode afirmar-se que se trata de um pesadelo e não de um terror noturno. Os pesadelos em meninos podem estar propiciadas por uma grande variedade de causas, mas as mais comuns são as seguintes: • Insegurança. • Preocupação excessiva. • Presença de ansiedade. • Ambiente familiar tenso. • Doenças ou dor.• Ameaças do meio. • Cenas de televisão violentas. • Alguma experiência negativa. Os terrores noturnos São mais comuns em idades pré-escolares e, ao invés do que sucede com os pesadelos, não são sonhos que se possam recordar. Por tanto, não se vivem cenas angustiantes que o menor tema e possa descrever. Os terrores noturnos se produzem nas primeiras fases do sonho e estariam provocados por uma dificuldade na transição de etapas de sonho profundo a etapas de sonho mais superficial. Por esta razão, o menino não poderá reconhecer cenas nem recordar o motivo que lhe levou a sofrer tal transtorno. É mais, durante o terror noturno os meninos seguem dormidos, ainda que mantenham os olhos abertos e gritem ou solucem enquanto se levantam ou correm pela casa. Os pais costumam alarmar-se com facilidade ante esta situação, mais ainda quando observam do que seu filho não é consciente do que ocorre e não reage a suas tentativas de acalmá-lo. Ante situações como esta é importante não acordar ao menor de maneira súbita, senão esperar a que finalize o episódio para acompanhá-lo à cama de forma pausada. Há ser conscientes de que nos terrores noturnos não se determinaram umas causas claras que os justifiquem, como o caráter, a personalidade do menino, ou o meio, a diferença do que sucede com os pesadelos. Como prevení-los As medidas para prevenir qualquer transtorno do sonho durante a infância precisam do seguimento de umas pautas familiares estáveis. Para isso, é importante criar uma situação o mais calma possível prévia ao sonho para do que os níveis de activação sejam mais baixos. A os meninos lhes agrada o previsível porque lhes contribui segurança e estabilidade. Por tanto, se deverão cumprir uns horários pautados. Os pais e mães devem lembrar uma hora adequada para ir-se a dormir e não se admitirão discussões nem negociações que gerem alterações desnecessárias. Só com cumprir uns dias consecutivos o horário estabelecido o pequeno já não rechistará e se encontrará a gosto. Ademais, é importante criar uma rotina prévia e estável antes de meter-se na cama com o fim de evitar estímulos que causem no menor um excesso de atividade, como jogos movimentados, discussões ou películas violentas. É muito importante que os pais tratem de rebaixar 15 ou 20 minutos antes de que o pequeno se acueste seu nível de activação através da rotina instaurada. Despedir-se dando as boas noites aos demais, eleger um brinquedo ou boneco para passar a noite, baixar a luz da habitação ou passar cinco minutos a seu lado na cama falando de forma descontraída são pautas singelas e gerais que fomentam a tranqüilidade e favorecem um melhor descanso durante toda a noite. Indicadores para diferenciar pesadelos e terrores noturnos: Pesadelos: • São sonhos com cenas que causam medo e angústia. • Os sintomas se identificam com a ansiedade (sudoración, respiração agitada e pranto). • O acordar é completo. • O menino pode falar sobre as cenas vividas. • O transtorno tem lugar durante a madrugada. • O pequeno está consciente e pode ir em procura de seus pais. • Os pais podem acalmá-lo mediante o diálogo. • A alteração emocional e a recordação do episódio perturbador são inconvenientes para que concilie de novo o sonho. • Este transtorno se pode sofrer também na preadolescencia, adolescência e etapa adulta. Terrores noturnos: • Não são sonhos que se possam identificar, já que nunca se recorda o ocorrido. • Podem mostrar-se sintomas de angústia e temor mas sem consciência. • Ainda que os olhos podem estar abertos, o menino segue dormido. • Não há reação às palavras dos pais.• Podem dar-se comportamentos motores como levantar-se da cama e corretear pela casa gritando ou balbuciando. • O acordar é parcial ao cabo de uns minutos. • Dão-se durante o primeiro terço da noite, quando o sonho é muito profundo. • Podem-se incrementar as reações de angústia às tentativas de acordar o menino ou ao tentar imobilizá-lo. • O habitual é que se durmam com facilidade depois do episódio.