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BULIMIA E ANOREXIA EM MENINOS

Palomas


Elaborando para narrar sobre minha Anorexia e Bulimia, em minhas recordações aparecem os 12 anos aproximadamente, soube-o aos 19 anos, hoje tenho 49. Só será meu passo por ela, o desgaste físico e mental. Os tropeções e evoluções. Não é uma doença atual, só se acrecentou através dos anos.
Imagem: Joan Miro



A extrema delgadeza como estereótipo social não é o único que incide. A idade e o sexo já não são determinantes. A falta de atendimento dos pais e a influência de Internet

© Perfil | 3/10/2008-11:34 hs. | Não só os estereótipos sociais do corpo perfeito provocam transtornos alimentícios como a bulimia e anorexia. Ao menos, assim o deixa evidenciado o fato de que cada vez mais meninos de idades mais curtas padeçam este tipo de patologias. Sucede que a falta de contenção familiar, a pouca presença dos pais e o acesso sem controle a Internet são alguns dos fatores que também influem na propagação da bulimia e a anorexia entre menores.

Mas também começa a falar-se cada vez mais do traslado deste tipo de transtornos de pais a filhos, ainda que seja virtual. Assim, segundo dados da Associação de Luta contra a Bulimia e a Anorexia (ALUBA), publicados pelo diário A Manhã de Córdoba, há garotos de entre 3 e 8 anos que padecem algum grau de desordem alimentícia. Em muitos destes casos, o tratamento de recuperação que dão os especialistas está dirigido fundamentalmente aos pais.

“Em general, é um problema que cresce nos meninos porque os pais cada vez lhes prestam menos atendimento”, explica a Perfil.com a doutora María Teresa Calabrese, psiquiatra e psicoanalista e psicoendocrinóloga, membro da Associação Psicoanalítica Argentina (APA). E explica que isso sucede sobretudo porque os pais “estão menos ocupados na família e nos filhos, senão mais ocupados na aquisição de bens”. Por isso, “trabalham todo o dia, e põem aos garotos a fazer milhares de atividades ao dia”, exemplifica a especialista. “Estes garotos se vão criando sós, e lhes custa formar sua própria personalidade, não podem ter em conta seus próprios desejos”, agrega Calabrese.

Segundo a especialista, este tipo de transtornos também se transmite de pais a filhos, “porque as primeiras identificações dos meninos são com seus pais”. Por isso, quando as mamães ou papais padecem algum destes transtornos alimentícios, é muito fácil que os meninos os adotem também. “Há muitos papais também que perseguem aos garotos para que não comam, ou compram toda comida light e nada saudável, ou deixam a heladera vazia para que os garotos não comam a toda hora”, assinala Calabrese.

Por outra parte, o diretor de ALUBA Córdoba, Antonio Rearte, explicou que existem diversos fatores que atentam contra a saúde alimentaria dos menores. “ A faixa de idade é cada vez mais baixa e não por transtornos de imagem própria dos garotos, senão pelo traspasso virtual desta doença desde seus pais, ou bem pelo excessivo cuidado de imagem que dão estes a seus garotos. Desta maneira, na medida em que sejam meninos menores de 11 anos a quem se lhes diagnostica algum grau de transtorno alimentício, o tratamento e posterior seguimento se praticará com os pais do menor e não necessariamente com os garotos”, assinalou.

Por diversas razões, que estão relacionadas principalmente a questões psíquicas próprias da estrutura mental de um menino menor de idade, “nenhum garoto de três a oito anos pode apresentar transtornos sérios de imagem -causa mais comum que origina este tipo de doença- senão do que são os pais os responsáveis de sua saúde e alimentação”, agregou Rearte, que também mencionou o acesso irrestricto dos meninos a internet como um dos fatores que incidem na doença, já que há muitas páginas que alentam estas doenças.

Conferido por Perfil.com, o coordenador geral de ALUBA, Marcelo Bregua, explicou que o nome adequado a este tipo de transtornos em meninos é “Transtorno da conduta alimentaria da infância”, dentro dos quais podem encontrar-se garotos que não comem nada de nada, garotos que comem um bocado e seguem jogando, outros que só comem comidas sucatas, e finalmente os refeitórios compulsivos.

“Estes meninos não têm a consciência de que é ser gordo, magro, lindo ou feio, também não podem contar calorias. O que esses meninos nos transmitem é que algo está sucedendo, já seja em casa, no colégio, no meio. Tienen uma dificuldade na comunicação afetiva, têm medo de fazê-lo”, assinala o especialista. E assegura que faz 18 anos, quando começou a trabalhar em ALUBA, tinham só uma ou duas consultas por ano de pais sobre seus filhos meninos. “ Hoje há ao menos um ou dois papais em cada palestra informativa que fazemos todas as segundas-feiras e quintas-feiras”, destaca Bregua.

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