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DESCONHECIMENTO DO AUTISMO

Palomas
PROPÓSITO: integrar por completo à sociedade aos meninos e jovens com capacidades diferentes. Com o pensamento “todos os meninos são iguais aos meus”…ADULTOS somos nós os que devemos ser capazes de conviver com eles nas escolas, os trabalhos, na família, com os amigos.
Imágen: Google


Uno de meus sonhos... que os filhos de meus amigos aceitem e respeitem ao meu, que os amigos de seus filhos aceitem e respeitem ao meu, que os amigos dos amigos aceitem e respeitem ao meu... mas para que isso chegue entendo que merecem primeiro uma explicação de por que meu filho terá condutas para eles estranhas.
Não se se é um tema para publicar neste blog mas me agradaria que além de reivindicativo pudéssemos ter este espaço como um lugar comum de informação e consultas, que cada um possa propor suas dúvidas e os demais fazer suas contribuições segundo experiências próprias.
Falo desde o total desconhecimento, pelo que espero que me indiqueis se há algo já em marcha sobre este tema que me ronda pela cabeça desde que nossas três lutadoras desde terras galegas tomaram a iniciativa de fazer o slide com as fotos de nossos garotos para o dia 2 de abril, dia internacional do Autismo.

Me preocupa que muita gente que pela primeira vez me ouve falar de autismo me lance a mesma mirada... e vejo incredulidade. Depois ouço coisas como "mas se parece normal, se terão equivocado", "uy, com o gracioso que é..." ou diretamente... "e é agressivo?"
As perguntas de meus amigos foram totalmente diferentes "e daí implica isso? como devemos atuar?... e tu tudo bom estás, precisas algo?"
Se os filhos de meus amigos têm que compartilhar momentos com meu filho quero que saibam que podem esperar dele, quero que lhe compreendam, quero que lhe aceitem tal e como é. Quero que lhe respeitem e se, quero que sejam mais compreensivos com ele do que com um menino "normal"; que entendam que meu filho faz esforços por integrar-se mas que não sempre vai ser possível.
A questão é, se efetivamente o Autismo é tão desconhecido pela sociedade mas ao mesmo tempo é tão preocupante a crescente percentagem de nascimentos de meninos afetados por esta síndrome, que há que fazer para dar difusão, como podemos unir-nos todos, pais, associações, instituições, etc. para que o autismo se conheça? Como e quem deveria dar o primeiro passo?
Estou convicta que desde a informação se conseguirá aceitação e respeito, e essa informação deve começar desde os colégios.
Meu filho tem 3 anos e já começo a ver condutas negativas para ele e a rejeição por parte de meninos de sua idade ou de poucos anos mais do que ele.
Mas só sou uma mãe, não tenho poder para mover ficha, não tenho recursos nem sê que portas tocar, e também não creio que deva ser essa minha missão. Minha missão principal é ocupar-me de meu filho e brigar por ele, e que sejam as associações e instituições e governo quem dêem o primeiro passo para eu seguí-las.

Faz uns dias (21 de março) foi o dia Internacional da Síndrome de Down. Não posso evitar pensar que para mim como para muita gente era até agora a síndrome mais conhecida e familiar, de fato vivi uns anos cerca de uma menina com S.D. e sempre me causou grande admiração.
Meu total desconhecimento e minha imaturidade (não esqueçamos que falo de quando éramos meninas, ela tem uns anos menos do que eu) fez-me pensar do que eram meninos que nunca poderiam chegar a conseguir metas como os demais: estudos, um trabalho, uma relação de casal...
Agora crescemos as duas, estudamos as duas, trabalhamos as duas, tivemos casal as duas...Se há uma vantagem (se é que se lhe pode chamar assim) do S.D sobre o autismo é que fisicamente é apreciável e portanto nos cria inclusive maior ternura.

Uma pessoa com autismo se confunde entre a multidão, o que dá a alerta são suas condutas ou comportamentos. O autismo é dificilmente reconhecível a primeira vista e portanto suas condutas em público são mais difíceis de entender pelos de arredor a não ser que dêmos as explicações oportunas se o cremos necessário.
O desconhecimento por parte de qualquer que não esteja próximo a um caso de autismo é praticamente total. Sei-o por experiência própria.
Antes de suspeitar que meu filho ia ter este diagnóstico vivia alheia a tudo isto, pensava que eram pessoas de baixo quociente intelectual, que viviam em seu mundo, que não se relacionavam com os demais, que não sentiam nem demonstravam afeto... via-lhes raros; era a conclusão à que chegava cada vez que via uma película onde aparecia uma pessoa com autismo, pareciam-me pessoas tristes e infelizes. Era pura ignorante na matéria.

Agora ao ser mãe de um menino com autismo estou conhecendo o que realmente é. E depois de um ano de conviver com esse autismo tenho que dar graças por ter estado do tudo equivocada. Deus meu, quanto amor vejo em meu filho, quanta inteligência, quanto afã de superação, e daí orgulhosa estou dele.
O que não vejo claro é como fazer para que aqueles que vivem na absoluta ignorância, como vivia eu até faz 1 ano, conheçam o que é o autismo.Seria a única maneira de que se perca o medo a esta palavra e que se deixe de olhar a nossos filhos como bichos raros. A educação deveria começar desde os colégios, isso por certo.
Precisamos pôr-lhes em bandeja informação suficiente para que não tenha barreiras entre "eles" e "nós". Se conseguimos o respeito dos demais se poderão dar grandes passos.
Quero ver o dia em que chegado o 2 de abril não tenha que pedir a título pessoal que se celebre e se de uma conferência sobre isso no colégio de meu filho.
Agora bem, e isso como se faz? Quem deve mobilizar-se primeiro? Deveriam unir-se todas as associações e mover-se em meios de comunicação? Como conseguir que os colégios se ponham as pilhas e sensibilizem aos meninos desde pequenos ante as incapacidades? Como apoiar a nossas associações para que desde o governo lhes/nos ajudem, que essas ajudas cheguem mais rápidas, que não tenha escassez de profissionais e de centros...? Brigou-se e se conseguiu muito até agora, e dou as graças por isso, mas não é suficiente.

Aqui eu só deixei palavras, não se fazer mais... seguro que há alguém que agora mesmo está fazendo algo mais produtivo; me agradaria saber quem e desde onde pára poder ajudar no possível.
Carta de Maite mamãe de Julen de HASTA LA LUNA DE IDA Y VUEL TA... en MADRES PARA CAMBIAR LAS COSAS YA

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