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A CHUPETA ANTES CRITICADA, AGORA ELOGIADO

Palomas
A chupeta não é má para a lactância
Por: Nora Bär LA NACION
http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1132274
Imágen: Google


Se diz que o uso da chupeta foi documentado faz já nada menos que 21 séculos. Seguramente desde então deve persistir a acendida controvérsia que enfrenta a defensores e detractores em torno de seus supostos prejuízos e benefícios. Precisamente, uma das críticas que costumam fazer-se a este adminículo (cujo sugestivo nome em inglês é pacifier) radica em que interferiria com a lactância materna, uma prática que lhe outorga ao bebe algo bem como um "seguro de saúde".
No entanto, um estudo de pesquisadores argentinos que acaba de ser publicado na edição eletrônica do Journal of Pediatrics o refuta: segundo a investigação realizada em quase mil casos provenientes de hospitais públicos e privados, bebe-los de mães comprometidas com o amamantamiento não mostram diferenças na lactância, utilizem ou não a chupeta.
"Este estudo surgiu porque, enquanto há grupos que aconselham não oferecer a chupeta aos bebes porque diminui as probabilidades de instalar a lactância, existem trabalhos que indicam que seu uso reduz à metade o risco de morte súbita do lactente -afirma o doutor Alejandro Jenik, pesquisador da Unidade de Neonatologia do Hospital Italiano e primeiro autor do trabalho-. Crê-se é porque estimula os músculos da boca e permite criar uma corrente de ar ao redor que evita que os garotos respirem anidrido carbônico."
Se sabe, desde faz muito, que uma alta prevalência e duração da lactância materna exclusiva ou parcial diminui a mortalidade e o risco de morbilidad, especialmente por gastroenterocolitis e doenças respiratórias em lactentes e meninos de todas as classes sociais, em países industrializados e em via de desenvolvimento, segundo sublinha o trabalho, que também assinam Néstor Vain, Adriana Gorestein e Noemí Jacobi.
Por outro lado, alguns estudos observacionales pareciam indicar que o uso da chupeta duplicava o risco de abandono precoce da lactância.
Os especialistas decidiram, então, provar a hipótese contrária: que o uso da chupeta não dificulta o normal desenvolvimento deste hábito tão benéfico para o bebe.
Perguntaram-se se a recomendação de usar chupeta depois de que a lactância está afiançada modifica o sucesso em mães com firme decisão de amamentar. E formularam a resposta através de um estudo controlado e aleatorizado; isto é, que as mães e bebes aos que se lhes indicasse utilizar ou não chupeta fossem eleitos a esmo.
Para evitar confundir ao bebe, no trabalho de Jenik e colegas as mães só ingressavam no protocolo de investigação quinze dias depois do parto. "Verificávamos que os chiquitos tivessem recuperado o peso de nascimento, que é um indicador de que a lactância está bem estabelecida, antes de assinalar o uso da chupeta", explica Jenik.
"Participaram 1022 binômios, dos quais 528 foram atribuídos ao grupo «chupeta» e 494 ao «não chupeta» -detalha-. Ambos foram comparáveis quanto ao peso de nascimento, freqüência de cesáreas, idade e instrução materna, etc. Cinco hospitais fizeram parte do estudo, três do âmbito privado e dois do hospitalar, e deles, três estão credenciados como «hospitais amigos da mãe e o menino». A conclusão foi que, se consideramos a lactância exclusiva e a não exclusiva, ao mês amamentavam à totalidade dos meninos; aos dois meses, o 99,89%, e aos três meses cumpridos, o 99,09%."
As discussões a respeito da conveniência ou inconveniência do uso da chupeta vêm de longe. Já faz dois anos, o doutor José Luis Díaz Roselló, do Centro Latinoamericano de Perinatología (CLAP), tinha manifestado num artigo da Sociedade Argentina de Pediatria que não fazia sentido proibir a chupeta. Outros especialistas, como os odontólogos pediátricos, sublinham que há que cuidar que seu uso não se prolongue até os três ou quatro anos para evitar deformações do arco dentario infantil ou, se se lhes oferece com alimentos doces como o açúcar, o mel ou a geléia, a aparição de cárie.
Para o doutor Manuel Rocca Rivarola, chefe de Pediatria do Hospital Universitário Austral, "o trabalho é um bom primeiro estudo que abre um caminho por percorrer".
"Ainda que não sei se as conclusões são válidas para todo o país, tomadas todas as prevenções, um pode utilizar a chupeta -agrega-. Mas quanto à morte súbita, não esqueçamos que falta muito por fazer no país para a prevenção: mais importante do que a chupeta é do que as mães evitem o cigarro durante a gravidez e que os bebes durmam boca acima. Na Argentina, só um 40 ou um 50% dos garotos dormem nessa posição, um 10% das mães fumam e um 1% fumam mais de 20 cigarros diários. A chupeta, se o bebe o usa de noite, é como um cinto de segurança."
Por sua vez, Daniel Saint Genez, coincide em que o uso da chupeta teve muitas idas e vindas, mas aclara que em sua experiência não interfere com o amamantamiento.
"Quando lhes damos a palestra do alta, não há mãe que não nos pergunte pela chupeta -diz-. E nós lhes aconselhamos que tratem de evitá-lo durante o primeiro tempo para evitar que os bebes se confundam, porque o padrão de sucção é diferente. E sempre lhes sublinhamos que não serve para acalmar ao bebe quando tem fome. A lactância durante os dois primeiros meses deve ser «a livre demanda». Agora, se o chiquito é muito ansioso e está chupando-se as mãos ou o dedo, a chupeta o acalma e não interfere com a lactância. Sim lhes sugerimos que quando se vai à cama não esteja com a cadenita, para evitar acidentes ou sofocación."
Os especialistas aconselham que os bebes utilizem a chupeta só durante a sesta e à noite, e que comecem a deixá-lo ao ano. O limite máximo permitido para esse "consolo" são os dois anos.

Outro dia falaremos dos benefícios da lactância materna. Amamentei a minhas filhas, utilizaram chupeta até quase os 2 anos. Nos primeiro meses nos ajuda, às mamães que trabalhamos fora do lar e não queremos complementar com leite maternizada, a mantê-los ‘algo calmos’ entre o período de um amamantamiento ao outro. Aqui lhes deixo um video da canção, que escutávamos por aquelas épocas, cantávamos e dançávamos LARGÁ A CHUPETA, LARGÁ…



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