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MENINAS MÃES

Palomas
Com a infância truncada pela obrigação de gestar, nutrir, cuidar, proteger em idades nas que o corpo pode, mas o alma não. Em muitos casos são vítimas do abuso, também relações sexuais voluntárias.
Mamãe - nena, a realidade das mães adolescentes
Uma mirada abarcativa sobre as causas da gravidez em meninas menores
http://www.diariodemocracia.com/diario/articulo.php?idNoticia=8942

Hoje, século XXI, países globalizados e desenvolvidos, tudo parece seguir sobre os leitos naturais da conservação, da natureza, da evolução. Mas basta com deter-nos tão só um momento, fixar a mirada e notar que a linha que nos separa da vorágine em que nos submerge o presente, que nos inunda de informação mas ao mesmo tempo nos volta desinformados, é muito delgada.
Vivemos e convivemos num mundo onde a mesma sociedade te leva, arrasta-te a "fazer o correto". Que seria? Estudar, egresar como profissional, casar-te, formar uma família e assim até o dia de tua morte.
Quer-se tampar a fome, a indigencia, a pobreza, em fim, o não tão bom que sucede e prospera dia a dia em nosso país, com o anúncio de obras épicas, com aumentos de salários inventados e os discursos moura-listas de todos os que nos governam.
Mas a realidade, é outra, é dura e crua.
Tal é o caso das meninas - mães em nosso país. Cada vez é maior a percentagem de gravidezes de meninas de entre 9 e 13 anos. A cifra assusta e aterroriza ainda mais. Qual será o futuro destas mamães- nenas? Sobre esta problemática, o primeiro ponto de tratamento é pensar:
A essa idade foi sexo consentido e procurado?
Ou foi produto de uma violação, abuso ou incesto (por parte de algum familiar ou do meio da menor), que foi ocultado por temor, saindo à luz pela notável mudança anatômico da mesma?
Falamos de pessoas que carecem de educação sexual?
Pensamos que foi consentido pelos adultos?
Cremos que tudo
se baseia num descuido ou por ignorância do uso dos métodos anticonceptivos?
Tudo é parte e contribui à alarmante percentagem de menores gestantes.
Em nosso país, dos 700.000 nascimentos de meninos que se produzem por ano, 100.000 são filhos de mães menores de 19 anos. Anualmente, nascem 3.000 bebês cujas mães não superam os 15 anos.
Segundo estudos do CEDES Centro de Estudos de Estado e Sociedade, assinalam que as meninas-mães, nenas de 9 a 13 anos, o 80% delas teve filhos com varões que as superam em ao menos 10 anos, e um quarto das restantes com homens, que são ao menos, 20 anos maiores.

Causas do engravido adolescente
Estudos realizados em nosso país, tratam a brecha existente entre a maneira em que se fornece a informação e se presta o serviço; e a forma em que estes são percebidos e utilizados pela população adolescente.
Algumas normas socioculturais que contribuem ao comportamento sexual cada vez mais temporão das meninas.
*Marco cultural de iniciação temporã das relações sexuais.
*O pouco valor e estima que a sociedade atribui à menina como mulher e como jovem, expressado na falta de expectativas.
*A percepção de que o papel básico da mulher é reproduzir-se e efetuar funções domésticas.
*A pouca estima que a menina sente por si mesma como resultado das percepções sociais.
*A baixa condição da mulher dentro da sociedade e as poucas oportunidades que se lhe brindam.
Por outra parte, as jovens ainda estão sob a influência de modelos aprendidos desde a meninice que ressaltam o papel feminino ao serviço dos homens, inclusive no plano sexual. Por um lado, a ênfase no valor da virgindade e, por outro, a pressão exercida por uma crescente cultura de libertação sexual.
O 84% das mães adolescentes conheciam o preservativo, um 82% sabe a respeito dos tabletes anticon-ceptivas e o 47% não se cuidou porque não pensou que ia ficar gestante.
Muitos adolescentes que carecem de informação sobre anticonceptivos vão a métodos folklóricos muito pouco efetivos, tingidos de mitos e desinformação. Eles perguntam como cuidar-se, onde ir e daí defrontar às dificuldades que surgem em suas primeiras experiências íntimas. Assim mesmo costumam conferir porque não se cuidaram, porque se lhes rompeu o preservativo durante a relação sexual ou por um período menstrual que leva vários dias de atraso sem saber que fazer, nem a quem recorrer por ajuda. Nas famílias, a coisa não vai melhor: o 40% das garotas disseram sentir-se "censuradas" para falar de sexo com seus pais e a metade confiou que não lhes contaria que teve sua primeira vez, (o 30% o fundamentou num "me matam" ou "se enojaria muito").
Mesmo assim, o 76% disse que o pensamento de seus pais não alterará sua decisão de debutar.
"Isto demonstra que é uma decisão que os garotos vão tomar por si sós, e que desde meninos há que começar a passar-lhes a posta de seu próprio cuidado; e passar a posta não é reprimir senão dar ferramentas e acompanhar", explica a psicóloga Andrea Gómez. Hoje encontramos que muitas vezes há uma grande distância entre o que os garotos sabem e o que terminam fazendo. Por que ainda tendo informação, muitas vezes os garotos não se cuidam? Por trás dessa pergunta encontramos que não só a falta de boa informação aumenta os atos de descuido, também influem que os garotos completam esse esvaziamento da informação com mitos e fantasias e ainda manejando informação e conhecendo os riscos não se protegem, nem cuidam ao outro.Os adolescentes, por rasgos típicos de sua idade, são mais proclives ao ato que à reflexão. Por isso é importante procurar novas maneiras de acercar-se a eles para que a informação decante e se transforme em ato.

or que si?
"Toda minha vida quis ter um filho". Pode soar exagerado em boca de uma garota de 15 anos. Mas quando este desejo se generaliza, toma uma grande dimensão social.700.000 bebês nascem na Argentina, 100.000 são filhos de mães de menores de 20 anos. O 30% destas mães está tendo a seu segundo ou terceiro filho.As estatísticas e taxas traduzem friamente uma realidade que nos hospitais, centros assistenciais e as escolas têm cara, história, mirada. Os médicos, trabalhadores sociais e mestres atendem todos os dias cada vez mais adolescentes grávidas, que ao ter características próprias diferentes da da mamãe adulta foram surgindo serviços sanitários exclusivamente para elas.As garotas que coincidem a estes serviços são de classe baixa a média, com estudos primários completos ou que estão cursando a secundária e em sua grande maioria, em casal (quase sempre em concubinato, muito poucas se casam), já que só um terço está só. Quase o 90% vive com um familiar e/ou cônjuge. Portanto há que eliminar a identificação automática entre mãe adolescente e mãe abandonada, recusada por sua família.
Um dado reivindicador: geralmente, a parejita vai viver à casa do noivo, por que as sogras brindam mais apoio e contenção do que as mães. Outra generalidade é que esta união entre pais tão jovens não dura muito, dentro do terceiro ano, formam casais novos.A educação sexual é, sem dúvida, a ferramenta mais idónea para contrarrestar esta tendência de atuar de forma irreflexiva. Depois de um árduo debate, Argentina conta desde fins do ano passado com uma "Lei de Educação Sexual", que timidamente se está pondo em marcha e demorará ao menos 4 anos antes de que o plano educativo possa levar-se a cabo da maneira correta.
O tema do aborto é particularmente controversial, por que põe em conflito a vida e a liberdade. Por que nas posições que se adotam entram a jogar as diversas concepções "científicas, religiosas, as vezes tudo misturado" sobre o momento exato em que começa a ser humana a vida e sobre que é o que nos faz não tanto vivos, senão humanos. Porque tão vivo e potencialmente humano é um espermatozóide e um óvulo não fecundados como um óvulo fecundado e um embrião. É controversial e polêmico o tema porque as idéias sobre o desenvolvimento do humano no ventre da mãe "as conexões neuronais do cérebro, que permitem o pensamento, que é o que nos faz humanos" foram evoluindo ao longo do tempo. Porque não sempre quem se opõem a ultranza a todo aborto, defendem a ultranza toda vida, também não toda vida humana. Há quem são antiabortistas pró-vida e sem exceções, mas justificam guerras onde se mata a milhões ou aprovam a pena de morte ou não fazem nada por evitar as injustiças sociais que provocam a fome que mata, diariamente, a mais de 40.000 meninos já nascidos.
Ante uma violação ou incesto existe a possibilidade legal e médica de interromper a gravidez. O código penal estabelece que uma junta de três médicos deve avaliar o risco que corre a vida da mulher grávida, para autorizar ou não a interrupção do mesmo.
"Claramente, não só defeituosa educação sexual senão que falta uma educação sexual diferente. Atualmente não se fala da sexualidade como algo vinculado ao prazer e como área importante da vida das pessoas. Social e culturalmente, segue-se associando a sexualidade à procriação como único fim".
A educação sexual, essa entrega e transmissão de experiências e conhecimentos que atrasa e melhora o início da vida sexual, segue sendo uma conta pendente na Argentina".

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