
O psicólogo Claudio Hunter Watts disertó sobre autismo "O melhor tratamento para um menino autista é o educativo"
A conferência se deu no Círculo Médico de Paraná com quase 1.000 pessoas. Os pais pedem apoio e difusão.
Por Andrea Ibarlin / Da redação de UNO
Develando os mistérios do autismo, foi o nome de uma marcante conferência ditada pelo bacharel em Psicologia Claudio Hunter-Watts, coordenador terapêutico do Instituto San Martín de Porres de Buenos Aires, instituição que é pioneira na educação de meninos autistas. A palestra, que foi declarada de interesse legislativo e de interesse municipal, esteve organizada pela agrupação Pais autoconvocados com filhos com Transtorno Generalizado do Desenvolvimento (TGD), um grupo numeroso de pessoas de todo o país que têm filhos com TGD (Espectro Autista). UNO dialogou com o especialista oriundo da cidade de Colón quem se destacou em dita conferência. —Como define ao autismo? —Ao autismo, para não cair em definições de manual, o definiria como um interessante desafio para a ciência, os pais, e educadores de meninos autistas. Pese às enormes somas investidas, a ciência não aportou a conclusão alguma respecto do mesmo, presumindo-se sua origem genética que provoca malformações cerebrais e alterações neurológicas complexas e ainda inentendibles. O começo do autismo chamado clássico é muito temporão, são garotos raros ainda que a idade em que costumam ser diagnosticados é entre 18 e 36 meses já que começam a diferenciar-se demasiado dos garotos convencionais, no ponto que não podem desenvolver o jogo simbólico.O especialista disse que, entre outros signos, “o menino autista apresenta berrinches intensos e frequentes já que ao não compreender a linguagem não podem pedir o que precisam e seus interesses solitários, repetitivos ou estereotipados costumam estender-se ao infinito. Podem ser hiperativos e passar despertos noites inteiras ou ser extremamente passivos”. E aconselhou que ante estes sintomas os pais deverão recorrer a um profissional.Com respeito ao aumento de casos com autismo, o psicólogo considerou “os casos crescem na medida que muita gente, e ainda os profissionais, tomam conhecimento do transtorno, antes misturado com as psicoses ou o retardo mental, existindo hoje provas e critérios para diferenciá-lo de ambos. Hoje se fala que teria dois cada 1.000 pessoas com autismo e sete cada 1.000 com transtornos do espectro autista”. Tratamentos “Não existem tratamentos específicos ou estandarizados para o autismo, só para suas manifestações ou condutas. O tratamento mais recomendado para este tipo de transtorno é uma intervenção cognitivo – comportamental temporã. A mesma, quando é aplicada em forma intensa com não menos de 40 horas semanais e levada em forma impecável por profissionais que controlem todas as variáveis por espaço de três anos dá resultados excepcionais, superando os meninos muitas das mais coloridas complicações do transtorno autista”, aclarou o profissional. Ao mesmo tempo Hunter-Watts aseveró: “Não sou nenhum precursor quando sustento que o melhor tratamento para um menino é o educativo e numa escola. Um pessoa com autismo deve coincidir a uma escola comum onde deverá ser integrado ou unicamente a uma escola de educação especial, onde será devidamente educado nas necessidades especiais que o menino requeira”. Características da pessoa autista Há tantos graus de autismo como autistas, o que transforma cada caso em único e irrepetível. Algumas das características: • Linguagem nula, limitado. • Repete o que ouve.• Parece surdo. • Obsessão pelos objetos. • Não tem interesse pelos brinquedos ou não os usa adequadamente. • Empilha os objetos. • Não mira aos olhos. • Não socializa com outros meninos. • Não responde a seu nome. • Mostra total desinteresse por seu meio, não está pendente. • Não segue instruções. • Pede as coisas tomando a mão de alguém e dirigindo-a ao que deseja. • Evita o contato físico. • Aleteo de mãos (como se tentasse voar) em forma rítmica e constante. • Gira ou se mece sobre si mesmo. • Fica quieto observando um ponto como se estivesse hipnotizado. • Hiperativo (muito inquieto) ou extremo passivo (demasiado quieto). • Obsessão pelo ordem e a rotina, não suporta as mudanças. • Enoja-se muito sem razão. • Ri-se sem razão aparente. • Comportamento repetitivo, isto é, tende a repetir um padrão uma e outra vez. Os planos A agrupação de pais autoconvocados apresentou no Congresso da Nação, um projeto tendiente a modificar a Lei 24.901 de incapacidade, para que os garotos com TGD “encontrem um marco legal que os proteja no presente e futuro de suas vidas”. Desde o grupo expressaram que “A lei tal qual como está deixa desamparados grande parte dos direitos das pessoas com TGD. E estamos pedindo que se lhe dê tratamento em comissão e, portanto, aprovação”. German Guglieri, uns dos pais indicou “são muitas as necessidades que têm nossos filhos com autismo e é muito o desconhecimento que há a respeito do transtorno que padecem”. Ao respecto, precisou que “não se conta com centros assistenciais suficientes apropriados para o tratamento do autismo”. Alguns dados sobre o experiente Claudio Hunter Watts é psicólogo e está qualificado como um dos principais especialistas da Argentina em TGD (transtornos generalizados do desenvolvimento, como autismo, asperger e outras síndromes similares) e também em transtornos de conduta da infância e da adolescência. É um dos fundadores e atual coordenador terapêutico da escola San Martín de Porres, especializada em meninos e adolescentes autistas. Esse estabelecimento está localizado na localidade bonaerense de Isidro Casanova. Dado Para tratar que este transtorno se difunda os pais desenvolveram o lugar web www.tgd-pais.com.ar, onde se pode obter mais informação sobre o tema. |
0 CA CHORROS:
Gracias por comentar