
É que um ato de desprendimento e solidariedade de um menino que quase não tem nada, num mundo chego de egoísmos, apresenta-se como algo vivificante, capaz de brunir o alma do conjunto. Por isso é que, comovida, a maioria da gente que votou e parte do júri o elegeram como "Cordobês do Ano", entre os propostos pela Voz del Interior. É também uma aposta à esperança de que os valores mais essenciais não se diluam entre a adversidade social e o individualismo.
Informação Alejandro Mareco redator da VOZ DEL INTERIOR
Imágen: Google
Trepado à árvore mais alta dos que rodeiam sua casa, viu a silhueta das serras acendidas de fogo e, enquanto olhava, a cara se lhe ia inundando de lágrimas. Até que já não pôde seguir vendo, baixou-se e correu a procurar o abraço de sua mãe: angustiava-o o medo a que as chamas o arrasassem tudo, a sorte dos pássaros abandonados, a dor da paisagem queimada e, sobretudo, a impotência de ser um menino mal e não poder estar lá, brigando-lhe ao ardor. Ao dia seguinte, mal se levantou lhe pediu a sua mamãe que lhe desse as poupanças que tinha guardados numa cajita convertida em alcancía. Eram 30 pesos que tinha conseguido reunir dos 90 necessários para comprar as sapatilhas que lhe agradavam. "Não vai atingir-te ", advertiu-lhe sua mãe. "Não importa, compro-me umas mais baratas", contestou. Baixou ao centro La Falda, foi até um quiosque e se gastou tudo em chocolates. Então, começou a trepar em direção à fumaça, e caminhou até chegar ao lugar Santa Cecilia, a frente do combate contra o fogo. Ali, os bombeiros entravam e saíam da ação. Federico Vargas se acercou aos que tentavam recuperar forças e lhes entregou em silêncio os chocolates. "Graças, moço", diziam-lhe alguns, surpresos e gratificados pelo gesto mas mais preocupados pelas chamas. Não sabiam os bombeiros voluntários La Falda que esse pibe os conhecia um a um, incluídos seus nomes. É que durante anos seus olhos se alargavam cada vez que os via passar: eram seus seres fantásticos para valer e, entre todas as inseguranças que espreitavam sua vida de menino pobre, tinha uma certeza que o abrigava: algum dia seria um deles; não só o sonhava, sabia-o. Outra das coisas da que Federico está seguro é que o chocolate é tão rico que pode fazer milagres no ânimo, ainda nos dias mais duros. É uma dessas histórias que não esqueci, sucedeu em setembro de 2006, enquanto os bombeiros combatiam um devastador incêndio florestal em Córdoba. Federico, com mal 13 anos num ato de desprendimento e solidariedade de um menino que quase não tem nada |
3 CA CHORROS:
Que lid atutude a desse menino. A solidariedade sem dúvida é um ato de amor.
beijos.
Desculpe, saiu com erro de digitação: Quis dizer: Que linda atitude a desse menino.
assim é amiga a atitude de um menino desprendendo-se de tudo...beijinhos
Gracias por comentar