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CONTENÇÃO E APOIO EMOCIONAL

Palomas

A contenção e o apoio emocional, vitais para abordar o autismo
Marcos Prono, especialista em TGD, conversou com pais
O especialista ressalta a necessidade de compartilhar experiências com pessoas que vivem realidades parecidas.


“Me agradaria que seja um bom jogador de futebol”, “me encantaria que seja artista como sua avó”. Quando os pais esperam um filho, é comum que se gerem muitas expectativas, idéias e ilusões do que poderia chegar a ser este retoño que vem em caminho. Mas, que ocorre quando ao passar o tempo, tanto a mãe como o pai do pequeno notam que este é “diferente” de seus outros filhos ou meninos de sua idade?

O bacharel em Educação e master em Psicologia Clínica da Universidade de Kansas, Marcos Prono, distingue uma série de etapas pelas que costumam transitar as mamães e papais destes meninos especiais, especificamente aqueles que são diagnosticados dentro do espectro autista: síndrome de asperger, transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado, autismo clássico, transtorno desintegrativo e transtorno de rede.

Segundo o profissional, entre o 80 e o 90% dos casais com filhos autistas terminam separando-se, “muitas vezes isto ocorre porque o casal não recebeu o apoio e a contenção adequada em sua devido momento”. Daí, a importância de fortalecer os laços familiares, o apoio mútuo e o refúgio entre pessoas que vivam uma experiência similar.

Aprender no caminho
Durante a instância, definida por Prono como “Mudança”, os pais transitam por cinco estados diferentes. O primeiro, a pré-contemplação, é quando ainda não existe consciência sobre a situação. “É cá quando os papais podem ter visões diferentes e em tempos diferentes, sobre o que ocorre com o filho”. Enquanto na fase de contemplação, os pais já racionalizam que existe um “problema” e sabem que têm que fazer algo ao respecto. No entanto, recalca o profissional, é cá quando surgem os sentimentos de culpa, de medo, de solidão e, muitas vezes, geram-se atritos ou conflitos com a percepção ou opinião que podem ter os familiares ou os amigos próximos.

Nas fases de preparação, ação e manutenção, a família se adentra e encara os desafios que implicam o fazer-se cargo de um menino autista. É cá quando se implementa uma dieta especial, recorre-se a profissionais de diferentes âmbitos, conhece-se a pessoas que enfrentam situações parecidas, celebram-se os primeiros lucros e também, vivem-se os retrocessos.

Durante esta travessia, o especialista explica que os casais vivem uma etapa de duelo, “não porque se perca a um filho, senão porque se desvanece a idéia do que queríamos que fora”, sustenta. “Esta realidade muda a escala de valores e prioridades que se têm na vida”. A modo de conselho, Prono enfatiza que os papais devem sempre enfocar-se nos lucros atingidos por seu filho, dar-se um espaço como pessoas e parelhas, cultivar a espiritualidade e não duvidar em procurar apoio e compartilhar experiências com pessoas em situações parecidas.

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