
O texto se emprega para trabalhar Violência, Direitos, Liberdade, Saúde
Imágen: Google
Lucía vive num bairro da província de Buenos Aires com seu casal e seu filho de seis anos de idade. Ela tem 25 anos e ele 32. Lucía tem estudos primários completos. Trabalha desde os 13 anos em casas de família.
Juan, seu casal, trabalha como empregado num supermercado.
Puseram-se de noivos quando Lucía tinha 15 anos. Ao começo do noivado e a zelava constantemente e quando se casaram ela teve que deixar de trabalhar.
As vezes quando ele voltava do trabalho e Lucía não estava esperando-o com o mate, ele se enojava e a xingava.
Lucía coincidia a um merendero comunitário, onde com outras mulheres, preparavam a merenda para garotos, brindavam diferentes atividades recreativas e tinham espaço para bater um papo e debater sobre diferentes problemáticas barriales.
Quando Lucía ficou gestante, Juan parecia estar contente, mas aos seis meses, golpeou-a por uma discussão a respeito do horário que ela regressava do merendero.Lucía quis deixá-lo, mas ele lhe disse que não tinha onde ir e que ficaria só com seu filho.
AOS poucos dias Juan se mostrou arrependido e ao voltar de seu trabalho lhe trouxe ropita para o bebê. Lucía creu que tudo se tinha arrumado e que tinha sido algo passageiro, pelo mau caráter de Juan e os problemas que ele tinha no trabalho.
Pouco tempo depois de ter o bebê, Juan lhe exigiu a Lucía manter relações sexuais. Ante sua negativa, devido ao pouco tempo que tinha decorrido do parto, ele se enojou e voltou a golpeá-la.
Lucía não dormiu com ele por um tempo, mas como Juan voltou arrependido e chorando lhe pediu desculpas, Lucía sentiu pena e pensou que quiçá ela era muito dura com ele. No entanto, ela se sentia cada vez mais tensa, porque o dizia que passava muito tempo realizando atividades fora de seu lar e descuidava a casa e a seu filho.
Assim mesmo, começou a restringir-lhe o dinheiro, dizendo-lhe que não precisava mais do que para o leite do bebê.
A vida para Lucía se fazia cada vez mais difícil. Não se animava comentar com ninguém o que lhe passava e começou a ir com menor freqüência ao merendero.
As vezes pensava que era seu destino, mas que ele não era tão mau, que tudo era produto dos problemas que tinha no trabalho.
Os golpes começaram a ser mais frequentes, e cada vez mais graves. As desqualificações eram a diário. Sua saúde física e emocional começou a derrubar-se.
Começou a sofrer de insônia, a ter ansiedade, insegurança para relacionar-se com os demais, dores de cabeça. Deixou de participar no merendero. O mal-estar era cada vez mais forte. O amor e a dor se misturavam confundindo-a.
Mas sentiu que o amor não incluía a violência e tinha que fazer algo…
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