O MENINO QUE SOU

No Dia do Menino, pretende-se promover seus direitos e concientizar da importância destes. Em Argentina se festeja o segundo domingo de agosto. Este texto o encontrei entre meus papéis, não conheço sua autoria.
Imágen: Tom Arma

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Sou um menino com um nome que me sustenta chama-me por meu nome. Aceita-me como sou: não me compares.

Eu sou como tu, um indivíduo único com únicas maneiras de perceber interpretar e expressar-se.

Aprender é agradável. Não me o jogues a perder com castigos tarefas e ameaças.

Permite-me expressar-me livremente: não termines minha frase, nem culmines meus traços nem recheies meus desenhos.

Troca comigo opiniões. Assim me ajudas a aceitar as críticas alheias. Olha-me aos olhos quando me fales.

De ser possível coloca-te à altura de minha vista. As vezes me dói o pescoço de olhar para acima.

Sei discreto com meus assuntos: meus piolhos, meu zurdera, meu tartamudez ou minhas birras; não vão desaparecer pelo fato de que tu as pregões.

Deixa-me tomar decisões. Sugere-me e propõe-me alternativas mas ensina-me a ser independente; a prescindir de ti.

Estimula-me para manter despertos meus sentidos. Com eles posso fazer e refazer o universo.

Valoriza meus esforços mais do que os resultados de meus atos. Assim terei ânimo para seguir adiante e esse será nosso triunfo.

Se assumes que eu sou um indivíduo em processo de transformação e tu também,poderemos ser solidários na criação.

Preciso limites e está bem que exerças o controle mas fá-lo com firmeza, congruência perserverancia e carinho.

Não me peças que fique quieto por muito momento. Tenho muitos barcos e trens e aviões, cavalos e borboletas por dentro.

Não me resolvas as coisas porque me farás um desvalido.

Não suponhas o que me passa; indaga-o. Assim nos ajudaremos. Um dado para sobreviver o amanhã: ensina-me a cooperar antes que a competir.

Ensina-me também como aprender mas quero aprender explorando, fazendo, vivendo.

Preciso amar e ser amado.

Para os amiguitos que visito sua casa -seus amigos e irmãos-...e -aos que já não são meninos- mas conservam imaginação, capacidade de assombro, candidez.