Como sabem já não tenho meninos em idade escolar, chamou-me o atendimento o curto tempo de recreio na escola. “Não atinjo tempo para comprar a merenda”, “Os recreios são de 5 minutos”, em minhas férias podia comprová-lo, pelo que levavam a merenda de casa.Onde ficou o tempo de jogar às figuritas, intercâmbio, dançar, saltar a soga, jogar à pelota…em algum rincão do pátio da escola. Este artigo reivindica o “Recreio” e o quero compartilhar com vocês!!!
Artista: Mai-Thu
O JOGO NA ESCOLA Os recreios são tão necessários como as horas de classe. Novas investigações afirmam que a escola deve revalorizar o bom uso do tempo livre. Pelo jeito, a melhor maneira de melhorar o desempenho dos meninos no sala de aula é sacá-los dela. Tradução: Mirta Rosenberg Novas investigações sugerem que o jogo e o tempo livre podem ser tão importantes para a experiência acadêmica de um menino como a leitura, a ciência e a matemática, e que os recreios, o exercício físico ou os períodos regulares em contato com a natureza podem influir na conduta, a concentração e inclusive as qualificações. Um estudo publicado este mês na revista Pediatrics pesquisou a relação existente entre o recreio e a conduta no sala de aula em arredor de 11.000 meninos, cuja idade oscila entre os 8 e os 9 anos. Os meninos que tinham mais de 15 minutos de recreio diariamente demonstravam ter também melhor conduta em classe que os que tinham menos tempo de recreio ou nenhum. A doutora Romina M. Barros, pediatra e professora assistente de clínica no Colégio de Medicina Albert Einstein, quem conduziu a investigação, disse que os achados eram importantes porque muitas escolas não consideravam o recreio como um elemento essencial para a educação. "As vezes é necessário publicar dados concretos para que a gente da esfera educativa comece a crer que essas coisas são importantes", disse. Devemos entender que os meninos precisam o recreio porque o cérebro precisa descanso." E muitos meninos não têm esse recreio. Segundo o estudo de Pediatrics, o 30% dos meninos têm muito pouco ou nenhum recreio diário. Outro relatório descobriu que o 40% das escolas estudadas tinham eliminado ao menos um período de recreio diário. Ademais, os maestros costumam castigar aos meninos privando-os do privilégio do recreio. À doutora Barros, isso lhe parece ilógico. "O recreio deveria fazer parte do currículum", disse. "Não se castiga a um menino obrigando-o a perder-se a classe de matemática, e também não se o deveria castigar privando-o do recreio." Um pequeno estudo de meninos afetados pela síndrome de hiperatividade e déficit de atendimento, realizado o ano passado, descobriu que as caminhadas ao ar livre pareciam melhorar os resultados dos testes de atendimento e concentração. Os meninos que tinham feito caminhadas ao ar livre obtinham melhores resultados que os que tinham caminhado em áreas urbanas, segundo o relatório, publicado em Internet por The Journal of Attention Disorder. Os pesquisadores descobriram que uma dose de contato com a natureza funcionava tanto como uma dose de medicação para melhorar a concentração, e inclusive melhor. O poder da natureza Andrea Faber Taylor, pesquisadora ambientalista de conduta infantil do Laboratório de Paisagem e Saúde Humana da Universidade de Illinois, afirmou que outras investigações sugerem que todos os meninos, não só os que têm problemas de atendimento, podem beneficiar-se se passam algum tempo em contato com a natureza durante a jornada escolar. O tempo de jogo e o tempo passado em contato com a natureza não só são importantes para o processo de aprendizagem, senão também para a saúde e o desenvolvimento. As ratas jovens às que se lhes nega a oportunidade de jogar fisicamente com suas congéneres desenvolvem numerosos problemas sociais na vida adulta. Não conseguem reconhecer os códigos sociais nem os matizes da hierarquia entre os roedores, e não são capazes de acoplar-se e reproduzir-se. De maneira similar, as pessoas que jogam na infância, "aprendem a enfrentar a vida de uma maneira bem mais vital e flexível", disse o doutor Stuart Brown, autor do livro O jogo: como modela o cérebro, abre a imaginação e vigoriza o espírito. Finques • Investigação. Um estudo da revista Pediatrics pesquisou a relação entre o recreio e a conduta em 11.000 garotos de 8 e 9 anos. • Jogo. Os alunos que tinham mais de 15 minutos de recreio por dia tinham melhor conduta em classe e mais concentração no estudo. • Sem distinção. Os resultados se mantinham depois de analisar diferentes variáveis, como o sexo, o pertence étnico, o tipo de gestão escolar (pública ou privada) e o tamanho da classe. • Tempo livre. O 30% dos meninos compreendidos no estudo de Pediatrics têm muito pouco ou nenhum recreio diário. Outro relatório assinalou que o 40% das escolas tinham eliminado pelo menos um período de recreio diário. • Testes físicos. Pesquisadores de Harvard informaram que quanto maior é o número de provas de aptidão física do que um menino aprova tanto melhor é seu rendimento nos exames acadêmicos. • Histórias de jogo. O psiquiatra Stuart Brown recopilou mais de 6000 histórias e afirma do que "o jogo é um processo biológico fundamental" • Teoria de Brown. A aprendizagem por meio do jogo consegue maior sucesso acadêmico do que o enfoque de aprender e repetir. Os garotos que têm mais de 15 minutos de recreio têm melhor conduta e concentração |
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