Esta é a entrada que mais me custou escrever. Desejo manter-me serena, porque assim quero pensar. Ainda que meu coração e meus sentimentos me dizem que não se pude entender a intolerância, nem a falta de respeito nem o acosso ao débil.Como uma besta irrompeu o mobbing na vida de Erik, estão-no acossando. Meu filho tem cinco añitos. Só é um menino pequeno. Uma personita inocente que está descobrindo o mundo. Um lutador que está encostando ao autismo dia a dia.
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UM MENINO E O MUNDO UNIDOS FRENTE À INTOLERÂNCIA
Queridos Pais:
Sou Erik e me agradaria apresentar-me.
Sou um menino muito feliz, ao que lhe encanta rir, jogar ou aprender. Como vocês, tenho sonhos e desejos: desfrutar uma vida plena entre as outras pessoas.
Venho todos os dias à creche. Genial que tenhamos um grupo de integração. Aqui podemos começar nossa educação no respeito e a tolerância. Isso me encanta. Sento-me fenomenal na creche. Agrada-me jogar com os outros meninos e aprendo muito rápido mais e mais.
Singelamente é assim. Continuar com meu desenvolvimento. Isso me faz muito feliz. Sou sobretudo um menino como todos os meninos. Por isso tenho meus pontos fortes e meus pontos débeis. Preciso carinho, reconhecimento e elogios.
Dói-me quando escuto comentários maus sobre mim. Penso que ninguém se os merece. A rejeição faz muita pupa.
A técnica, construir ou os números são geniais. Creio que serei engenheiro, como meu papai. Jornalista como minha mamãe penso que não, ainda que já sei ler e escrever todas as letras e muitíssimas palavras. Porque eu não sou um tonto.
NEM sequer sou um autista, tenho autismo. E o autismo de jeito nenhum vai ser um problema para meu desenvolvimento. Sou um lutador, quero aprender e conseguirei o mesmo que vossos filhos.
Não vos preocupeis, agora explico que é o Autismo. Não há que lhe ter nenhum medo. Nós amamos, sentimos, choramos, desfrutamos, padecemos, comunicamo-nos, jogamos…
Somente precisamos ao princípio mais ajuda, orientação e estrutura. Vosso apoio foi, por isso, muito importante para mim. Muitíssimo obrigado.
As pessoas com autismo têm problemas com a linguagem e a comunicação.
Bueno, quando era pequeñito não podia falar. Mas agora inclusive falo dois idiomas. Vossos filhos estão aprendendo espanhol comigo, não é fantástico?
Há que falar comigo muito claro, não muito alto, com frases cortitas e sempre de frente. Eu contesto com muitíssimo gosto. Conheço muitíssimas coisas, que seguro que a vocês vos interessam. Provai a falar comigo, já vereis como vos encanta.
Com muita freqüência posso dizer as coisas que me molestam: alguns ruídos, a confusão, os movimentos incontrolados, quando um menino chora ou coisas que estão rompidas. Mas as vezes não posso dizê-lo porque me ponho nervoso. Sobretudo se alguém me tocou a cabeça, quando muita gente me quer estrujar ou se me morderam ou colado. Então me custa contá-lo, e também não digo que me tirem a malha ainda que esteja suando ou que meus sapatos estão ao revés.
Descobri o bonito que é expressar desejos. Digo que comida me agrada, como me encanta jogar com os meninos ou que presente me peço para meu cumpre.
Já sei que as vezes preciso um pouquinho mais de tempo para entender e contestar, sobretudo se há muita gente e todos falam ao mesmo tempo.
Interessam-me muitas coisas. Por isso pergunto e pergunto. E sempre lhes digo aos meninos se posso jogar com eles. Põe-me muito triste quando me dizem que "não".
Sim, agora posso falar, mas não entendo a incompreensão de algumas pessoas.
As pessoas com autismo têm problemas com a socialização.
As pessoas falam sem parar e a vez, há montões de estímulos ao redor, meu cérebro trabalha muita informação ao mesmo tempo e minha percepção é bem mais sensível. Mas eu estou neste mundo, não em meu mundo. Por verdadeiro, um mundo onde há cabida para todos. Todos somos iguais, todos somos diferentes.
Há muitas pessoas que precisam ajuda. Mas, sabeis?, eu tenho trillones de vantagens: posso aprender, e ¡como!
Meus papais, meus terapeutas, minhas educadoras, os meninos e também vocês, que sois os papais de meus amiguitos da creche, ensinais-me. Sou muito aplicado. Por agora já consegui aprender a imitar, a jogar, a comportar-me, a emocionar-me…
Um grande trabalho. Meu trabalho, ainda que só sou um menino. Bueno, em realidade já sou grande, e dentro pouco poderei tocar o teto com minha mão. Mas enquanto não alcance o teto, posso desfrutar o que me faz bem e me encanta: JOGAR.
A que também lhes agrada jogar a vossos filhos? É genial, e muito melhor com outros meninos que solito. Com vossos filhos posso seguir desenvolvendo minha fantasia, entender mais regras, as anedotas ou a picardia. Desafortunadamente aprenderei também coisas com as que não estou de acordo, como a mentira ou a fingir ou a acusar a outros.
Mas tenho algo muito claro. De jeito nenhum quero aprender a ferir aos demais adrede, nem a xingar nem a recusar a ninguém.
As pessoas com autismo mantêm comportamentos repetitivos e lhes custa aceitar as mudanzas.
Vale, eu era assim antes. Explico por que. Como me custava entender este mundo tão inquieto, precisava rotinas e repetir o conhecido, pois isso me dava segurança.
Assim, queria ir sempre pelo mesmo caminho, agradavam-me sobretudo os objetos que eu podia manipular (acender e apagar, por exemplo) ou construir coisas em fila e muito ordenadas. O caos e o novo me davam muito medo.
Agora já não. Cada dia descubro que o mundo é uma aventura. Eu sou um explorador nato, que sempre deve estar muito bem preparado. Vou usar uma metáfora: meus papais me dão o mapa, a lanterna, o equipamento, as orientações, as possibilidades de caminhos e o destino. Mas pouco a pouco vou precisando conhecer o destino e menos equipamento. A melhor ajuda? Antecipar-me que vai ocorrer.
Espero não ter dito demasiado, ou demasiado pouco. Onde está a fronteira? Não o sei muito bem. Ainda que eu pense que já sou grande, em realidade só sou um menino com um futuro largo, sem limites e desconhecido. Como o de vossos filhos.
Nós, os meninos do mundo, não temos problemas ao pensar no futuro, a tolerância, o respeito, a inclusão, as possibilidades ou os direitos. Somos inocentes, isto é, somos meninos.
Queridos pais, nossa vida e futuro estão também em vossas mãos.
Erik.
Queridos Pais:
Sou Erik e me agradaria apresentar-me.
Sou um menino muito feliz, ao que lhe encanta rir, jogar ou aprender. Como vocês, tenho sonhos e desejos: desfrutar uma vida plena entre as outras pessoas.
Venho todos os dias à creche. Genial que tenhamos um grupo de integração. Aqui podemos começar nossa educação no respeito e a tolerância. Isso me encanta. Sento-me fenomenal na creche. Agrada-me jogar com os outros meninos e aprendo muito rápido mais e mais.
Singelamente é assim. Continuar com meu desenvolvimento. Isso me faz muito feliz. Sou sobretudo um menino como todos os meninos. Por isso tenho meus pontos fortes e meus pontos débeis. Preciso carinho, reconhecimento e elogios.
Dói-me quando escuto comentários maus sobre mim. Penso que ninguém se os merece. A rejeição faz muita pupa.
A técnica, construir ou os números são geniais. Creio que serei engenheiro, como meu papai. Jornalista como minha mamãe penso que não, ainda que já sei ler e escrever todas as letras e muitíssimas palavras. Porque eu não sou um tonto.
NEM sequer sou um autista, tenho autismo. E o autismo de jeito nenhum vai ser um problema para meu desenvolvimento. Sou um lutador, quero aprender e conseguirei o mesmo que vossos filhos.
Não vos preocupeis, agora explico que é o Autismo. Não há que lhe ter nenhum medo. Nós amamos, sentimos, choramos, desfrutamos, padecemos, comunicamo-nos, jogamos…
Somente precisamos ao princípio mais ajuda, orientação e estrutura. Vosso apoio foi, por isso, muito importante para mim. Muitíssimo obrigado.
As pessoas com autismo têm problemas com a linguagem e a comunicação.
Bueno, quando era pequeñito não podia falar. Mas agora inclusive falo dois idiomas. Vossos filhos estão aprendendo espanhol comigo, não é fantástico?
Há que falar comigo muito claro, não muito alto, com frases cortitas e sempre de frente. Eu contesto com muitíssimo gosto. Conheço muitíssimas coisas, que seguro que a vocês vos interessam. Provai a falar comigo, já vereis como vos encanta.
Com muita freqüência posso dizer as coisas que me molestam: alguns ruídos, a confusão, os movimentos incontrolados, quando um menino chora ou coisas que estão rompidas. Mas as vezes não posso dizê-lo porque me ponho nervoso. Sobretudo se alguém me tocou a cabeça, quando muita gente me quer estrujar ou se me morderam ou colado. Então me custa contá-lo, e também não digo que me tirem a malha ainda que esteja suando ou que meus sapatos estão ao revés.
Descobri o bonito que é expressar desejos. Digo que comida me agrada, como me encanta jogar com os meninos ou que presente me peço para meu cumpre.
Já sei que as vezes preciso um pouquinho mais de tempo para entender e contestar, sobretudo se há muita gente e todos falam ao mesmo tempo.
Interessam-me muitas coisas. Por isso pergunto e pergunto. E sempre lhes digo aos meninos se posso jogar com eles. Põe-me muito triste quando me dizem que "não".
Sim, agora posso falar, mas não entendo a incompreensão de algumas pessoas.
As pessoas com autismo têm problemas com a socialização.
As pessoas falam sem parar e a vez, há montões de estímulos ao redor, meu cérebro trabalha muita informação ao mesmo tempo e minha percepção é bem mais sensível. Mas eu estou neste mundo, não em meu mundo. Por verdadeiro, um mundo onde há cabida para todos. Todos somos iguais, todos somos diferentes.
Há muitas pessoas que precisam ajuda. Mas, sabeis?, eu tenho trillones de vantagens: posso aprender, e ¡como!
Meus papais, meus terapeutas, minhas educadoras, os meninos e também vocês, que sois os papais de meus amiguitos da creche, ensinais-me. Sou muito aplicado. Por agora já consegui aprender a imitar, a jogar, a comportar-me, a emocionar-me…
Um grande trabalho. Meu trabalho, ainda que só sou um menino. Bueno, em realidade já sou grande, e dentro pouco poderei tocar o teto com minha mão. Mas enquanto não alcance o teto, posso desfrutar o que me faz bem e me encanta: JOGAR.
A que também lhes agrada jogar a vossos filhos? É genial, e muito melhor com outros meninos que solito. Com vossos filhos posso seguir desenvolvendo minha fantasia, entender mais regras, as anedotas ou a picardia. Desafortunadamente aprenderei também coisas com as que não estou de acordo, como a mentira ou a fingir ou a acusar a outros.
Mas tenho algo muito claro. De jeito nenhum quero aprender a ferir aos demais adrede, nem a xingar nem a recusar a ninguém.
As pessoas com autismo mantêm comportamentos repetitivos e lhes custa aceitar as mudanzas.
Vale, eu era assim antes. Explico por que. Como me custava entender este mundo tão inquieto, precisava rotinas e repetir o conhecido, pois isso me dava segurança.
Assim, queria ir sempre pelo mesmo caminho, agradavam-me sobretudo os objetos que eu podia manipular (acender e apagar, por exemplo) ou construir coisas em fila e muito ordenadas. O caos e o novo me davam muito medo.
Agora já não. Cada dia descubro que o mundo é uma aventura. Eu sou um explorador nato, que sempre deve estar muito bem preparado. Vou usar uma metáfora: meus papais me dão o mapa, a lanterna, o equipamento, as orientações, as possibilidades de caminhos e o destino. Mas pouco a pouco vou precisando conhecer o destino e menos equipamento. A melhor ajuda? Antecipar-me que vai ocorrer.
Espero não ter dito demasiado, ou demasiado pouco. Onde está a fronteira? Não o sei muito bem. Ainda que eu pense que já sou grande, em realidade só sou um menino com um futuro largo, sem limites e desconhecido. Como o de vossos filhos.
Nós, os meninos do mundo, não temos problemas ao pensar no futuro, a tolerância, o respeito, a inclusão, as possibilidades ou os direitos. Somos inocentes, isto é, somos meninos.
Queridos pais, nossa vida e futuro estão também em vossas mãos.
Erik.
Como já expressei em outras oportunidades, a tradução pode conter erros, utilizo-a para que meus amig@s que falam e escrevem português possam ler-me.
2 CA CHORROS:
Graciela,
bello texto, que sería genial si todo el mundo entiende que los niños que sufren de autismo, de esta manera.
Son muy inteligentes, sensibles y suaves, es aprender a respetar su espacio y les ayudan a sentirse bien con los demás.
Besos,
Ana Martins
Anita dói que sucedam estas situações, Anabel o escreveu desde a dor que produzem os comportamentos indevidos.

Graças por passar
Gracias por comentar